segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Olímpicas







Por ter jogado minhas peladas e acompanhar com paixão o futebol profissional, eu me julgava um esportista, pelo menos, no sentido lato do termo. Ledo auto-engano. Na verdade eu só gosto mesmo é de futebol e lutas de boxe e MMA.
De 4 em 4 anos eu me disponho a assistir os Jogos Olímpicos. Curto algumas coisas do atletismo e do levantamento de pesos mas o resto me enche de tédio olímpico.
Existe algo mais entediante que provas de saltos ornamentais? Sim, existe, é o nado sincronizado.  
O mais chato é ouvir dos narradores, que até ontem só conheciam mal e porcamente as regras do futebol, sobre a beleza e elegância das praticantes do nado sincronizado. Ora, ver aquelas moças que se aproximam da piscina com passo de ganso e prendedores de roupa no nariz, me fazem sempre pensar que esse esporte deveria ser denominado  Mocréias aquáticas. Mocréias aquáticas em duplas ou em equipes, mas sempre mocréias, sorridentes e esquisitas, praticando essa estranha modalidade que levou Ester Williams para Hollywood para lá protagonizar os mais chatos musicais que o espírito humano pôde conceber.
Muitos outros esportes devem ser muito bons de se praticar mas para assistir não dá o menor prazer. A vela, por exemplo. Na tela da televisão ou temos uma imagem fechada num barco que não se sabe sequer para que lado está indo ou uma panorâmica de uma porção de barcos que não sabemos se estão indo ou voltando. O esporte extremamente burguês, não foi feito para ser acompanhado, muito menos pela televisão.
O que, sim, dá boas imagens é o ciclismo, mas pelo que entendi dos especialistas que comentam nos canais esportivos, a modalidade tem as regras mais estapafúrdias que já se viu. Deveria ser uma corrida e quem chegasse na frente seria o vencedor. Mas não é bem assim.
O tiro com arco, que deveria ter o nome de arco e flecha, também não é algo que cause muito entusiasmo na telinha. Num momento temos no vídeo uma cara gorducha e deformada pelo contato com a corda, no instante seguinte, um alvo atingido, haja monotonia. Além do mais o arco nada tem que nos faça lembrar a arma de guerra ou de caça que víamos nos filmes de Errol Flyn. São uns objetos que mais parecem aparelhos ortopédicos que qualquer outra coisa.
Há nos Jogos Olímpicos uma série de esportes que causam grande comoção em narradores e comentaristas mas nem por isso deixam de ser chatos ou incompreensíveis quanto ao critério de pontuação. Assim é a ginástica. Ninguém se dá ao trabalho de explicar se os 15.600 pontos obtidos por aquela moça magrinha no salto sobre o cavalo, é bom ou ruim.
A esgrima só teria graça se fosse à vera. Os competidores usariam sumário traje branco e o primeiro a sangrar perderia o combate e seria prontamente socorrido pelos médicos. Os que morressem receberiam uma linda homenagem e seriam sagrados mártires olímpicos.
Algumas modalidades mudaram suas regras para serem mais atrativas para o público. A luta greco-romana é uma delas. O esporte é até interessante mas a posição de retorno à luta depois que um dos contendores comete alguma falta, é muito constrangedora.
O vôlei de praia é que deveria mudar as regras para atrair mais atenção. Os bikinis das moças deveriam ter seu tamanho reduzido para padrões ipanemenses, guardando-se o direito das muçulmanas de usarem o véu..



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