quinta-feira, 27 de março de 2014

Se entrega Corisco.


Pois é, mais uma vez a Europa se curva diante do Brasil. E não só a Europa. Também a grande democracia do norte e a Ásia enrubescem diante de mais uma mostra de nossa superioridade. Refiro-me, é claro, à nossa bandidagem.
Sim, nossos bandidos são os mais valentes e destemidos do mundo. Não há membro da YaKuza, da Máfia russa ou da Camorra que lhes faça frente. Os homens de Al Capone, parecem pacatos velhinhos se os comparamos com nossos ladrões e traficantes. De onde tiro essa idéia? Dos números oficiais divulgados pelas secretarias de segurança de todo o país sobre autos de resistência.   
Não há em nenhum lugar do mundo, onde se faça estatística, tantos casos de resistência à prisão como aqui. Os homens do tráfico e os arrombadores de caixas eletrônicos do Brasil só se entregam mortos, o Parabellum na mão.
Num episódio recente de perseguição a assaltantes de caixas eletrônicos em São Paulo, dos 15 meliantes envolvidos, só sobraram pra contar a história, 2 ou 3. Segundo o Governador Alkimim e o comandante da operação pega pra capar, todos os que se entregaram estavam vivos. Uns mariquinhas.
Mas não é só na terra do picolé de chuchu que isso ocorre. Também no Rio, Minas Gerais e outros estados, os autos de resistência apontados como causa de morte de bandidos, constrangem os estatísticos de outras nações que passam a vida mensurando números. Aqui não constrangem ninguém. Estamos acostumados com a valentia e a macheza da bandidagem nacional.
As incursões do BOPE nas favelas do Rio, deixam elevadíssimo número de cadáveres. Os kamikase do tráfico não deixam por menos: resistem até a morte. Por sorte, têm péssima pontaria, pois as  baixas nas forças da ordem não condiz com a valentia suicida dos malfeitores. Suas balas encontram sempre algum morador inocente que presencia os acontecimentos. Isso é o que depreendemos dos pronunciamentos das autoridades, tão rápidas nas palavras quanto seus comandados, no gatilho. Aliás, é de se notar que todos os homens de nossas forças de segurança, são atiradores de elite, pois mesmo quando chegam atirando nas favelas densamente povoadas, não erram um tiro, só acertam perigosos traficantes. “Civil” baleado é culpa dos bandidos.
Há que se louvar também os setores de inteligência das Polícias Militares. Enquanto os cadáveres dos que resistiram à voz de prisão esperam pelo transporte, sua folha corrida já está na ponta da língua dos comandantes, que chegam 15 minutos depois dos confrontos, para serem entrevistados por corajosas mocinhas vestidas com colete à prova de balas. Num rápido informe dado pelos superiores dos batalhões, ficamos sabendo que todos aqueles corpos de adolescentes que jazem no chão, são de perigosos traficantes. Seus apelidos, suas relações com a chefia do tráfico e até o número do seu sapato, nos é revelado. Nem o FBI nem a CIA nem o Mossad são capazes de tamanha rapidez e precisão.

Para os bandidos mais valentes do mundo, a polícia mais eficaz do planeta.

quarta-feira, 26 de março de 2014

O caso Cláudia


Seu nome era Claudia Lessin Rodrigues. Era uma moça da classe média carioca e foi assassinada, depois de uma festa de embalo e tentativa de estupro, por dois rapazes, Michel Frank, filho do milionário Egon Frank (relógios Mondlane, entre outros negócios), e George Kour, dono de um salão de cabeleireiro no Hotel Méridien. Seu corpo foi atirado dos penhascos da Av. Niemeyer, amarado com arames num saco cheio de pedras. Depois da fuga de Michel para a Suíça e da prisão de George por ocultação de cadáver, ambos foram inocentados do crime de homicídio.
O caso Cláudia chocou o país naquele 1977. Seus desdobramentos, mais ainda. Por vários meses a imprensa não cuidou de outra coisa. Cada  fato descoberto ou ocultado pela polícia, cada depoimento, cada detalhe do escabroso assassinato, era esmiuçado, destrinchado e comentado por jornalistas, curiosos e palpiteiros.
O detetive Jamil Warwar, que em 48 horas havia desvendado o crime, foi afastado das investigações, o laudo do Instituto Carlos Éboli, que dava como causa da morte, asfixia mecânica, foi ignorado, e mesmo o testemunho de um operário, que vira a desova do cadáver, foi posto de lado devido às relações do milionário Egon Frank. Michel Frank foi assassinado na Suíça 12 anos depois.
O assassinato de Cláudia Lessin Rodrigues virou filme estrelado Por Kátia D’Ângelo.
O assassinato de Cláudia Silva Ferreira, negra, pobre, auxiliar de serviços gerais, não está merecendo tanta cobertura jornalística quanto o de sua homônima loura, estudante, da classe média. Sequer acertam com seu sobrenome. Ainda que a reprodução de sua carteira de identidade, facilmente encontrado na internet, mostre claramente que é Cláudia Silva Ferreira, os órgãos da imprensa “séria” e até blogs e sítios informativos feministas, insistem em confundir seu nome. Cláudia Silva Ferreira é apenas a mulher que foi arrastada por um camburão.
Nos noticiários de TV, o fato de ela ter sido assassinada não é mencionado, usa-se o eufemismo “baleada” e dá-se como fato, uma suposta troca de tiros entre policiais e traficantes. Seu corpo, possivelmente já sem vida, foi arrastado por, pelo menos, 350 metros depois que o porta-malas do camburão, onde ela fora jogada, abriu-se. O advogado dos policiais envolvidos no crime, dá como desculpa para que Cláudia fosse transportada, supostamente para um hospital, como se fosse bagagem, o fato do banco traseiro da viatura estar ocupado por armas e coletes a prova de balas. A imprensa não questiona que as armas e coletes poderiam ter sido postos no porta-malas, dando lugar a Cláudia na cabine, tendo em vista que os policiais não se encaminhavam para nenhum confronto e sim para prestar socorro a vitima de suas balas disparadas a esmo na comunidade onde residia Cláudia.
Esse novo caso Cláudia não vai virar filme e já vai abandonando o noticiário.  Arnaldo Jabor e outros que tais, já tiveram falsos chiliques em rede nacional e já abusaram das frases de efeito e jogos de palavras. O laudo do Instituto de Criminalística sequer diz que tipo de projétil vitimou Cláudia. Os assassinos foram postos em liberdade pela justiça depois de menos de 3 dias detidos. As testemunhas do crime temem depor. Temor compreensível, pela soltura dos policiais envolvidos que, antes de matarem Cláudia, já carregavam nas costas mais de 60 ocorrências que resultaram em morte.
O assassinato de Cláudia Silva Ferreira vai cair no esquecimento assim como o de Amarildo e os de tantas outras vítimas da política de extermínio comandada por governadores e secretários de segurança, de todos os partidos políticos, em todos os estados da Federação. E, claro, com a conivência da imprensa, tão seletiva em sua indignação.



segunda-feira, 24 de março de 2014

Gol contra


Segundo ouvi da imprensa especializada, no jogo contra o Botafogo de Ribeirão Preto, o time do Santos marcou o gol número 12.000 de sua história. Esse feito dá à equipe praiana a primazia em número de tentos marcados em todo o mundo.
Há inclusive quem diga que o gol 12.000 já havia sido convertido há mais tempo. Questão de estatística. Não importa. O fato é que o Santos, um clube fundado em 1912 está à frente de outros, fundados décadas antes, no quesito artilharia.
Não sou de fiar-me na nossa imprensa, tampouco esse negócio de “é o maior” me interessa. Do Oscar ao Prêmio Nobel, não me interessa.
Mas temos nesse número redondo e grosso, um feito a ser elogiado: 12 mil vezes o goleiro adversário foi ao fundo das redes colher uma bola enquanto uns caras de branco saltavam e se abraçavam. Desses 12 mil gols, mais de 1000 foram de Pelé ou seja, foram gols do Brasil, ou melhor ainda, foram gols dos brasileiros.
Mas como disse, não me interessa tanto assim a primazia do Santos e sim um fato: o autor do gol 12.000 foi o Gabriel, um menino formado nas divisões de base do Santos. Mais uma vez o Santos revela um jogador promissor. Foram muitos os jogadores formados na Vila Belmiro. Nem todos se tornaram craques, mas o clube deu a vários jovens uma profissão digna. Muitos outros clubes fizeram e fazem o mesmo.
Em outro jogo do campeonato paulista, eu vi atuando o Rodrigo Tiui, formado nas Laranjeiras. Tiui, que despertou muitas expectativas quando foi lançado, não se tornou um milionário do futebol, não foi para a Europa encher os bolsos. Joga num time do interior paulista, mas joga, tem um salário, tem uma profissão.
Fora das duas principais divisões do futebol brasileiro a vida de boleiro é dura, os salários baixos, a irresponsabilidade de cartolas, o calendário que deixa os atletas desempregados grande parte do ano e outras mazelas, fazem dessa profissão uma profissão de risco. No entanto sempre há o sonho e algumas oportunidades.
O movimento Bom Senso Futebol Clube tem em sua pauta de reivindicações, a racionalização do calendário e o fair play financeiro para que os jogadores que trabalham em times de menor expressão possam ter mais garantias de emprego.
Mas se temos clubes que ainda trabalham na formação de atletas e esse movimento de jogadores que promete ser um divisor de águas no futebol brasileiro, temos também nossos dirigentes politiqueiros e interesseiros. Temos na CBF uma estrutura arcaica de poder voltada apenas para negócios quase sempre escusos.
Quando atua a entidade máxima do futebol é para privilegiar algum desses negócios. E o grande negócio das transferências internacionais deixa sempre um cascalho aqui e ali.
A última da CBF foi permitir que os times coloquem em campo até cinco jogadores estrangeiros. Com o futebol de nossos vizinhos em petição de miséria, fica fácil imaginar que qualquer clube brasileiro vai visar o mercado sul-americano em busca de pé de obra barato deixando de investir nas categorias de base. Agentes e empresários estão eufóricos. E a nova leva de estrangeiros, de qualidade futebolística duvidosa, já começou a desembarcar no país fechando a porta da oportunidade para os meninos daqui que sonham em ganhar a vida chutando uma bola.

Não li nem ouvi nenhum órgão da imprensa criticar a iniciativa nefasta da CBF. Pelo contrário, o silêncio sobre o tema, que nem de longe é desprezível, mostra bem que a imprensa esportiva se importa com tudo que se refere ao futebol, menos com o jogador.

A direita juvenil: naftalina e esteroides


Sei que os mais jovens vão descrer do vou dizer, mas posso garantir: _Houve um tempo em que a revista Veja trazia matérias jornalísticas. Lembro de uma em especial. Foi no tempo da redemocratização e tratava do grupo de esquerda de linha trostkista que se chamava Liberdade e luta (Libelu). O título da matéria que, se não me engano, foi capa do periódico, era: “O discreto charme da esquerda adolescente”.
Oriunda do movimento estudantil, a Libelu marcou época na reconstrução da UNE e da UBES. Vários de seus quadros estão hoje no PT. Outros, como Demétrio Magnoli, Mirian Leitão e Reinaldo Azevedo, militam nos meios de desinformação. Como se vê, onde a Libelu plantou suas rosas juvenis, nasceu chuchu, jiló e abobrinha.
Hoje, pouco ou nada resta daqueles sonhos da esquerda adolescente. O que mais se aproxima é o movimento Black Bloc, muito mais movido pela desilusão do que pela esperança.
E tem a direita juvenil. Claro, não se pode falar de seu discreto charme, pois ela não tem. Nem discreto nem espalhafatoso. Seu ideário recende a naftalina, seus líderes, ainda desconhecidos, admiram Bolsonaro, Caiado e os policiais que massacram favelados.
 Na direita adolescente encontramos de tudo, desde papa-hóstias saídos da facção carismática da igreja católica até ateus nerds e aprendizes de psicopatas. Há também os seguidores de Malafaia, os fãs de Rachel Sherazade, neonazistas de cabeça raspada e linchadores movidos a esteroides. Sem esquecer, é claro, dos sertanejos universitários e dos evangélicos de todas as seitas. Entre os politizados, há os que pregam o golpe militar e os que querem refundar a Arena.
Mas se há o que os separa, há o que os une. O racismo, expresso nas diatribes contra o sistema de cotas nas universidades, é um desses elos. Os recentes casos de racismo em estádios de futebol, estão ligados, pode estar certa, à ascensão dessa nova e juvenil direita.  E não só de sua ala neonazista.
Outro ponto que une as várias facetas da direita imberbe é o anticomunismo, a luta contra o inimigo vermelho. A meninada que trilha pelos caminhos sombrios de Plínio Salgado e Diogo Mainardi, assim como a grande maioria da meninada em geral, está mais ocupada com os joguinhos eletrônicos, o corpo sarado e com as séries de TV, portanto não lê. Qualquer texto com mais de 200 palavras é ignorado ou incompreendido pelos neo direitistas. Ainda que os bancos estejam faturando como nunca, que os latifundiários concentrem mais e mais terras e o parque industrial do país funcione a pleno vapor, a direitinha pensa que o país está a caminho do comunismo. Não há dados, informações ou fatos que os convença do contrário.
A homofobia, antes só explicitada por cabeças raspadas e fundamentalistas pentecostais, agora faz parte da caracterização da direita imberbe. A igualdade de direitos dos homossexuais é chamada de ditadura gay pelos defensores da ditadura militar.
Também as políticas sociais do governo, especialmente o Bolsa Família, deixam indignados a todos que compõem a direita coca cola. E ver gente de origem humilde comprando carros ou viajando de avião os tira do sério. Para os discípulos de Lobão e Olavo de Carvalho (de quem não conhecem nenhum escrito), a nova classe média é a culpada pelo trânsito caótico das grandes cidades e pelas filas nos aeroportos.

E ontem, lá estavam eles ao lado de outros malucos de mais idade na marcha da família com Deus pela liberdade. Eram poucos, é verdade, afinal nos dias interessantes que vivemos e em se tratando de jovens, a direita adolescente vive preferencialmente atrás do computador vociferando através das redes sociais contra Che Guevara, a guerrilheira Dilma e o sindicalista Lula. Para eles a internet é a máquina do tempo e a rua, o território hostil dos demônios comunistas defensores dos direitos humanos.

sábado, 15 de março de 2014

Os monstros da ditadura


Outro dia me deparei, num programa de entrevistas, com um escritor argentino que tentava buscar para seu país a primazia em matéria de ditaduras. Ele citava o regime de terror de Pinochet, a longa estada de Stroessner, no poder, a operação condor e outras coisas, mas dizia que em matéria de terrorismo de estado nada havia superado a ditadura argentina.  
Imediatamente  lembrei-me de um filme que havia assistido anos atrás: La história oficial. A película narra a história de uma mãe que descobre que o bebê que seu marido trouxe para casa era uma das crianças seqüestradas por policiais e milicos e dadas em adoção para famílias de militares e amigos da ditadura argentina. Isso aconteceu de fato e foi o motivo da criação do grupo Abuelas de La Plaza de Mayo. Anos depois, já adultos, muitos desses bebês seqüestrados descobriram que haviam amado e respeitado como pais, àqueles que estavam ligados de alguma forma à prisão, tortura e assassinato de seus pais verdadeiros.
Dei razão ao escritor argentino, do qual não lembro o nome. Os seqüestros de bebês haviam suplantado em crueldade, em insanidade, em terror, tudo que foi praticado por outras ditaduras do continente. Pelo menos assim pensava até encontrar uma notícia sobre o suicídio de um homem de 40 anos que, segundo a matéria, foi torturado pela polícia de Sérgio Fleury quando tinha 1 ano e 8 meses.
Ainda que o caso dos seqüestros de bebês argentinos seja chocante e cause horror, a tortura de uma criança de 20 meses é algo que só encontra paralelo no regime nazista e no colonialismo europeu na África. Não é algo com o qual esperamos nos deparar num jornal dos dias de hoje e nessas latitudes.
Quando os milicos argentinos levavam os bebês de suas vítimas, havia naquele ato criminoso algo assim como um laivo de “humanidade” (que me desculpem as vítimas pelo uso do vocábulo tão inapropriado para falar de assassinos e torturadores). As mentes distorcidas daqueles agentes do terror queriam livrar aquelas crianças do convívio com famílias que haviam produzido “subversivos” e “terroristas”. Era como se quisessem dar-lhes uma nova oportunidade de vida, introduzindo-as num meio que eles viam como modelo de família, ordem e disciplina. Mesmo em meio à loucura da mais brutal repressão, parece ter havido um desejo de remendar algo, de fazer-se algum bem, ainda que sob o ponto de vista dos piores assassinos e torturadores.

No caso do bebê brasileiro torturado pelos psicopatas comandados pelo delegado Sérgio Fleury, o que houve foi barbárie, bestialidade, o mais hediondo dos crimes que se possa conceber. 

sábado, 8 de março de 2014

Definindo a mulher


As mais impróprias, tolas, preconceituosas e pueris definições de mulher, ditas por gente de quem se poderia esperar um pouco mais de sensibilidade e raciocínio. (As colhi na internet, e por isso não dou fé sobre a autoria).

"Nenhuma situação é tão complicada que uma mulher não possa piorar"
- Tom Jobim, compositor (1927-1994).

"Nunca fui capaz de responder à grande pergunta: o que uma mulher quer?"
- Sigmund Freud, pai da psicanálise (1856-1939)

"É mais fácil reconciliar a Europa inteira do que duas mulheres"
- Louis XIV, rei francês (1643-1715)

"Quase sempre as mulheres fingem desprezar o que mais vivamente desejam"
- Shakespeare, escritor inglês (1564-1616)

"Digo sempre que as mulheres dão os melhores ministros da Economia. Minha mulher, por exemplo, sempre esvazia meu bolso porque sabe que sou perdulário"
- Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia da Argentina

"Se as mulheres não existissem, todo o dinheiro do mundo não teria sentido"
- Aristóteles Onassis, magnata grego (1902-1975)

"Não há cólera mais violenta que a das mulheres; mais vale habitar entre leões e serpentes do que viver com uma mulher colérica"
"As mulheres costumam ser implacáveis para dar mais encanto ao seu perdão"
- Honoré de Balzac, escritor francês (1799-1850)

"A intuição á aquele estranho instinto que permite a uma mulher saber que está certa, esteja certa ou não"
- Helen Rowland, jornalista e escritora americana (1875-1950)

"Nunca confie numa mulher que diz a sua verdadeira idade. Se ela disser isso é capaz de dizer qualquer outra coisa"
- Oscar Wilde, poeta e dramaturgo irlandês (1854-1900).

"As mulheres seriam muito mais atraentes se pudéssemos cair nos seus braços, não nas suas mãos"
- Ambrose Bierce, jornalista e escritor americano (1842-1914).