Foi Steinbech, mas poderia ter sido Dona Florinda a citada no
título, pois o que vimos quinta-feira na Câmara Federal foi coisa de gentalha.
Refiro-me ao pau mandado que soltou roedores no plenário da CPI da Petrobrás.Pois
não há dúvida de que aquilo foi coisa encomendada.
Os mandantes (essa gentalha que se passa por elite) guardam-se
para perpetrar outras infâmias e terceirizam a baixaria para continuarem
posando de defensores da moral, da ética e da honestidade.
Funcionário não
concursado da 2ª vice-presidência da Câmara e ex-funcionário do gabinete de
Paulinho da Força, aquela figura impoluta, Márcio Martins de Oliveira, o
sujeito que soltou os roedores, foi sumariamente demitido logo após o
incidente. Haverá quem acredite que o homem trocou seu emprego bem remunerado pelo
dever de mostrar sua indignação com os malfeitos na Petrobrás. Muitos também
vão crer que ele ficará desempregado e não será logo-logo remanejado para algum
escritório político.
Mas deixemos os ratos a vamos aos homens.
Na seção da CPI da
Petrobrás de quinta-feira teve coisa muito pior que a baixaria promovida por Márcio
Martins de Oliveira: o Brasil tomou conhecimento da existência do Delegado
Waldir e de sua demência.
Olhos rútilos, veias saltadas e espumando pela boca, o deputado
do PSDB de Goiás protagonizou uma das cenas mais patéticas dos últimos tempos.
Gritou, deu murros na mesa, ofendeu e inventou números tal qual uma edição
comemorativa da Veja. Ultrapassou seu tempo com a complacência do presidente (também
pau mandado) da comissão para dizer asneiras e fazer perguntas imbecis ao
depoente sem nada contribuir para a elucidação da roubalheira na estatal
petrolífera. Por uns minutos, o circo dos palhaços habitués de CPIs (Carlos Sampaio,
Onyx Lorenzoni , Darcísio Perondi) virou o hospício do Waldir.
Mas o povo de Goiás acertou quando o mandou esse óbvio
psicopata para Brasília: é melhor que ele esteja no Congresso ao lado de
picaretas e achacadores que comandando uma delegacia. O sujeito é perigoso.
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