sexta-feira, 17 de abril de 2015

Vaccari na CPI, Vaccari na cadeia



Em seu depoimento na CPI da Petrobrás na semana passada, João Vaccari Neto foi perguntado sobre uma visita que fizera ao doleiro Alberto Youssef. Vaccari, que não é nenhum Delúbio, não se abalou nem comprou para si a bronca como fizera o outro chefe da tesouraria do PT.
Vaccari disse que fora ao escritório de Youssef a convite deste, mas não o encontrou.  Poderia ter dito que foi visitar Youssef em busca de recursos para o partido e que faria o mesmo com qualquer outro empresário que fosse um potencial doador. Acontece que Youssef não é um empresário qualquer. É figurinha carimbada desde o escândalo do Banestado. É um famoso meliante. Transaciona com moeda estrangeira ilegalmente. Já esteve em cana por evasão de divisas.
Ora ora, Vaccari tampouco é um qualquer. É o tesoureiro, ou melhor, secretário de finanças e não sei mais o quê de um dos partidos que mais arrecada de empresas, e que está no poder, mas Vaccari quer nos convencer que Youssef o tratou como um garoto de recados e não estava no próprio escritório para receber quem convidou. Não colou.
Antes de completar uma semana de sua oitiva na CPI, Vaccari foi em cana. Os petistas dizem que a prisão era desnecessária e questionam por que só ele, entre os citados na Operação Lava-Jato por outros envolvidos, foi preso.
Os petistas têm uma certa razão, afinal todos os pilantras do PSDB, DEM, PMDB que tiveram seus nomes citados estão livres e sequer foram chamados para depor na CPI. Apenas os pilantras do PT são presos.


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