sexta-feira, 18 de março de 2016

Brizola e a legalidade





            Se estivesse vivo, Leonel Brizola certamente estaria hoje na rua, na trincheira da legalidade. Sua história, sua trajetória política e seu caráter são o aval de que assim seria. No entanto, quando Brizola era perseguido pela Globo, que tentou boicotar sua candidatura, fraudar a eleição e fazer oposição sistemática ao seu governo no Estado o Rio, o PT não foi em seu auxílio. Não denunciou a ilegalidade das ações da empresa dos Marinho, sequer na fraude eleitoral. O PT fluminense preferia repetir a enfadonha cantilena dos manuais do esquerdista chato e nomear os projetos de Brizola como populistas. Nem mesmo os Cieps (obra gigantesca que provocava horror nas elites e na imprensa que as representa) foram poupados pela crítica petista. O sindicato dos professores do Rio através de suas lideranças ligadas ao Partido dos Trabalhadores, fazia finca-pé em afirmar que os Cieps não tinham um "projeto pedagógico". Sobre Darcy Ribeiro, vice-governador e idealizador do projeto dos Cieps, dizia-se que era autoritário.
            Hoje é o PT que experimenta o ódio das elites e a manipulação das Organizações Globo. Seus projetos sociais (talvez a única marca positiva dos governos Lula e Dilma) são chamados de populistas, suas lideranças perseguidas diuturnamente por editoriais e reportagens facciosos.sua militância sofrendo agressões nas ruas.
            Lástima que o PT não possa mais contar com Brizola para emprestar sua credibilidade e coerência à luta pela legalidade e pelo respeito ao resultado das urnas. Não será Collor, aliado por conveniência e oportunismo, que trará essa credibilidade às justas manifestações dos petistas.

           
           

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