sábado, 19 de março de 2016

Sem perdão





Um dos atos mais vis nas passeatas dos botinudos é a confraternização com a polícia que humilha, tortura e mata na periferia. Não é desinformação o que leva essa gente a tão grotesca atitude: É sim, um gesto de apoio e agradecimento pelas chacinas de jovens negros, de trabalhadores pobres, de crianças e mulheres. 
Na última manifestação, ao lado do patinho da Fiesp, um pouco a direita dos carecas do subúrbio, logo acima de uma faixa que dizia "Prisão é pouco, fuzilamento já", uma jovem branca, contente, entusiasmada, beijava um policial no rosto. Não digo que odiei a moça branca, sorridente e convalidadora do genocídio, nem a conheço, mas já não tenho idade para perdões.




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